Ciclo I
a noite já ia alta, perseguindo o fim do dia.
cães e gatos pardos fugidios, se confundiam
errantes, com as almas desencarnadas
na praça provincial
Ciclo II
no silencio da noite inquieta e insone
se abria na lua cheia
à ronda do lobisomem.
correm as mães à fechar janelas
antes que o luar atice
libertinagens às filhas
mas fora os tremores próprios à idade moça
onde cuidados se mostram sem valia
as crianças há muito já dormiam
protegidas do mal pela Ave Maria
pelas frestas se observam passantes solitários
vultos apressados, bêbados em arruaça
(alguns caídos nas calçadas)
que sonham com as alturas do Aconcagua
e no sopé, vales de prados floridos
Ciclo III
na praça, também, somente as flores do canteiro
indefectíveis, cumprem seu ciclo sem dor
mitigadas desde sempre pelas gotas orvalhadas
que caindo, anunciam o alvorecer
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