domingo, 15 de agosto de 2010

CARA DE CÃO

Após noite ébria de deleite
pus-me a caminhar no calçadão
da Praia de Copacabana.
O horizonte por enfeite
se reparte por igual; as montanhas
inteiras cobertas de mata atlântica
perenes, e o céu, de janeiro a janeiro.
Fixei-me na intima cor natural
da paisagem
sob a luz intensa da manhã.
Retiro dos que por mim
são passantes
a alegria do carnaval.
Há a esperança infinita
de que um dia tudo melhora.
Ainda agora se refletiu no olho côncavo
da andorinha, que mora na reentrância
da pedra do morro Cara de Cão
o claro regozijo de ser ave
nos nítidos céus do Rio de Janeiro.

Nenhum comentário:

Evoé!

Saiba que a sua visita e o seu comentario dão sentido a este espaço, que alem de divulgar poemas, quer conversar sobre a vida. Esteja em sua casa.

Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

Seguidores