terça-feira, 7 de setembro de 2010

TORNASSOL

O amor como o ondular
da procura ausente.
O tornassol que em teu rosto
tornou-se, fixado
num olhar terno, alvo.
Ah, amor que se afogou
em volumosa confiança
desencarnada de sangue
e de eflúvios.
Ah, amor inventado
que revive eternamente
em sua dor.
Um vento impreciso, um relance
e o rosto já se volta a ilusão
e o horizonte já se espraia na mente
em langues águas
como indômita alma.
Ou não, calma. Nada.
Só um sonho estrondoso
na chegada ao portal do Hades
onde só encontrarás, em silêncio
o vetusto senhor do tridente.

Nenhum comentário:

Evoé!

Saiba que a sua visita e o seu comentario dão sentido a este espaço, que alem de divulgar poemas, quer conversar sobre a vida. Esteja em sua casa.

Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

Seguidores