Ah, a minha pátria sem palmeiras
onde eu pudesse sonhar
esta pátria, como um rio
Como um monte verde, um cio
chuva intensa a estiar
Ah, pátria minha que me agride
Mas ensina-me a evitar a morte
na permanência e na poeira
a minha pátria é rasteira
E eu? sou mais um cristão sem sorte
no corpo da minha pátria
carpindo, carpindo, eu faço brotar o grão
A minha pátria é o beijo da mulher
que me ativa e alimenta, saliva feita de vinho
boca com gosto de pão
corpo, mente, peito forte
meus pés cravados no chão.
Um comentário:
Belo texto ,parabéns poeta!!
Enviado por demetrioluzartes em 29/10/2007 19:12
para o texto: MINHA CANÇÃO DO EXÍLIO
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