Quando eu morrer
que tudo se pare
que nada de per si, exista
nem que seja o fluir da brisa
que pare.
Quando eu morrer
não me pranteiem, calem.
Nem mesmo me venham ver.
Apenas dêem-me
este, que é meu ultimo prazer
e se me enterrem na Galiza.
Quero ver cantar a melra
no arvoredo de minha tumba
e flanar livre nos bosques
das infensas madrugadas.
Quero, espectro
namorar as camponesas
pias e desavisadas
ao longínquo som
da rumba americana.
Navegar a todo pano
inda que aquém
de Trapobana
respirar a maresia
passear de noite e dia
os cabelos ao vento
molhados polas gotas
d'água fria
do atlântico oceano.
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