terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

SONETO DAS FLORES

Se o Absinto um mar de amargura me tornar
e a Amarílis em artifício navegar
queda-me feliz o coração aos auspícios d’Alecrim
como a Fuscia do amor ardente fulge em mim.

Ah, primavera...se ao Anís te adornar
ante um céu sem quase nuvem a branquear
e se jamais real promessa se houver assim
esteja pronta a inconstância do amor, enfim.

Zínia, Sálvia e Tomilho, o que dispor
Manjericão ou Cicuta brava na pia
restam os temperos para fazer valer o dia.

Seja na vida, seja no tempo e amor
tragam-se flores, pois se na maior dor e elegia
a Dália, a Glicínia e a Cravina, só de ser são poesia.

2 comentários:

Ricardo Sant'Anna Reis disse...

Concha Rousia *:(migrado do Orkut)
Ricardo, o teu soneto tem o espírito dos sonetos originais... tem a sua rima... tem o ritmo... mas também conta uma história para ser cantada... não é só soneto pola forma, mas sim no seu espírito... Não me perguntes como eu sei isso... eu sei que o sinto quando o leio... acho que devia ser cantado... Grande abraço...

Ricardo Sant'Anna Reis disse...

(migrado do Orkut)
... LINDO RICARDO, PARABÉNS, VEIO MESMO EM BOA HORA... APESAR DE "COROA" NÃO ESCAPEI, TÔ AMANDO...!

Carlos Zurk

P.S.: FIQUEI COM INVEJA, GOSTARIA DE TER ESCRITO ISSO...!

Evoé!

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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