domingo, 17 de maio de 2009

A INTEIREZA DO SER



Supondo-me inteiro
Inteirastes-te de mim
Eu que me havia parvo
Canhestro e cobarde
Sombra perdida de exilado
Serafim.

Tentastes, então
A leitura ilesa
Dos signos
Por fim
No transluzir
Do éter de minh’alma.

Qual nada.
Eu era pura opacidade
Nenhuma inteireza.
Delirante
Acostumei-me
Ao sentido de ser metade.

Quisera eu, meu amor
Ser possuído
E por inteiro
Por uma infinita verdade.



Um comentário:

LirÓ CarneirO disse...

O amor declarado em versos, os mais belos versos do POETA !
LindO !!!!!

Evoé!

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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