A vida, meus senhores
Não é assim tão leve
Não se a vive impune.
Não é assim tão leve
Não se a vive impune.
A vida, senhores
É o cume, acúmulo
Afiado gume do amar
Semibreve instante
Num circo de horrores.
Ah, mas não é que seja sempre.
A vida mesmo não se lhe pesa
Se do viver se quer apenas
O devanear.
E se a flama é toda
Num momento
De não sobrar
De não sobrar
Para fiar penhores.
Fez-se dual a parcela de amor
Que coube em uma vida
Ora opaca ou transparente.
Se em uma hora
Se quer morrer de dor
Noutra, já nada mais se sente.
Noutra, já nada mais se sente.
Um comentário:
Toda a verdade num sÓ POEMA !
BRAVO ,POETA !
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