segunda-feira, 4 de maio de 2009

RODAR CATIVO

Os minutos se passam
quase audíveis
em refrão recorrente.

As horas se somam
plausíveis
cheias de promessa e sem nada deixar.

Os dias escorrem
entre os dedos
ceifados do calendário
e cerzidos na pele dos homens.

Os anos morrem
Amiúde
a cada manhã
retirados das pretensões gregorianas.

Como um filete no engenho d’água
os minutos, as horas, os dias e os anos
num rodar cativo, errático desperdício
incontrolável, surda repetição.

Um comentário:

Ricardo Sant'Anna Reis disse...

(transposto de outro Blog)

Ricardo!! Estive aqui visitando teu blog. Achei tudo simplesmente maravilhoso! Tuas poesias tem uma profundidade incrível! Parecem arrancadas das entranhas! É uma poesia forte! Rústica às vezes, sem floreios! Tem a beleza verdadeira e sem artificialismos de um campo florido! Gostei de todas, mas escolhi essa aqui para deixar meu comentário porque gosto muito desse tema: "o tempo". Ele caminha mesmo inexoravelmente levando tudo que estiver em frente e mesmo assim....é cíclico!
Parabéns pelo talento!
Abraços! Lenise Marques PR

Evoé!

Saiba que a sua visita e o seu comentario dão sentido a este espaço, que alem de divulgar poemas, quer conversar sobre a vida. Esteja em sua casa.

Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

Seguidores