Quando uma mulher se solta
e aos seus cabelos longos
algo acontece de se ver
de se ver, não de se tocar.
É que o mundo se acende no ato
e, luminescentemente clareia
aplacando à qualquer cizânia
quando a Penélope se penteia.
Dá-nos a vida, um fugaz momento
no vislumbrar da mulher
aos aprontos para o adormecer.
Não é o corpo, receptor de todo engano
nem a noite, suave fim da chegança
mas sim, o gesto da mulher ao toucador
um dar de mãos displicente
lânguido e lancetador
deslizando seus dedos sobre as melenas.
Este é um sublime alumbramento
que conduz à idéia de perfeição
à qual costumamos olvidar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Evoé!
Saiba que a sua visita e o seu comentario dão sentido a este espaço, que alem de divulgar poemas, quer conversar sobre a vida. Esteja em sua casa.
Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004
Seguidores
Arquivo do blog
-
▼
2009
(122)
- jan. 2009 (10)
- fev. 2009 (25)
- mar. 2009 (8)
- abr. 2009 (7)
- mai. 2009 (11)
- jun. 2009 (1)
- jul. 2009 (4)
- set. 2009 (20)
- out. 2009 (11)
- nov. 2009 (11)
- dez. 2009 (14)
Um comentário:
Lindo esse poema, lindo.
A imagem que você evoca toca; dá pra VER essa musa, imaginá-la, imaginar os seus cabelos tocados por alguma brisa faceira que entrou sem pedir licença pela fresta da janela do quarto.
Parabéns, como sempre, Ricardo.
Postar um comentário