sábado, 11 de julho de 2009

Poema resposta ao poema de Fabiano Silva, a mim dedicado

A FOME DA POESIA
A Fabiano Silva

A fome da poesia
é uma fome árida
fome de areia cabralina.

É mais do que uma fome inteira;
é uma fome que é fome
e meia

seja no pino do meio-dia
ou no orvalho da lua cheia.

E esta areia é tão plena e disforme
quisplody’aguazuldeamaralina
entranha na pele do homem
mais do que
em sua alma insone.

A poesia, como esta mítica areia
vem que vem voando no vento
vem como fina maresia

e assenta na face
seca
do pescador/poeta.

Se esta aridez não lhe mata a fome
agudiza, e este
já não pode viver sem ela.

Ah! Meu caro amigo
que segue nesta sede
sem o vinho da existência
a findar.

Se a poesia é uma fome daquelas
de não saciar
comamos o que nos resta
no alguidar.

Um comentário:

Concha Rousia disse...

Meu caro poeta... venho te abraçar... lindo poema, e por falares em água e em areia... deixo meu último textinho, retribuindo a tua sempre grata visita em meu blog:

O mar em mim

Levo o mar dentro
levo o mar na palavra

e quando te falo
eu sei que te inundo

Concha Rousia

Evoé!

Saiba que a sua visita e o seu comentario dão sentido a este espaço, que alem de divulgar poemas, quer conversar sobre a vida. Esteja em sua casa.

Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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