terça-feira, 8 de setembro de 2009

Decisão de Amar

Como os quero-queros e as gralhas
talvez eu aprenda a acordar cedo
para fazer poemas
espelhando a vontade de amar.

Ou quem sabe eu deva seguir
com o vento
que desce pela colina na tarde...

Talvez me caiba aprender
as falas dos passarinhos
no arvoredo
e reter lembranças
das mulheres na lucidez do outono.

O recalcitrante, na cidade, o medo
inda acompanhe-me um pouco mais
antes que o azul, pela janela
ilumine meus cinquentanos...

Quiçá o longínquo riso de
criança
não seja o emplastro desta inútil vida?

Amei sim, e muito alem.
Talvez lhe deva
uma explicação
já que as expectativas morrem
amiúde, a cada manhã
e os sonhos, estes
não se acabam jamais.

3 comentários:

Concha Rousia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Concha Rousia disse...

Pois é meu caro poeta... os sonhos não se acabam mais, e sim deixa-te guiar polo vento... Muito bom entrar hoje polas tuas palavras. Abraço desde a madrugadora (mesmo que hoje adormecida) Galiza

Ricardo Sant'Anna Reis disse...

Obrigado pelo carinho, minha irmã de Utopias. A Galiza tornou-se a minha mítica Pasargada. E um dia, vou embora para a Pasargada... Beijos

Evoé!

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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