sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

AMOR FECUNDO




Percorro de novo os limites da farsa
de que fizemos parte
as tonalidades do claro/escuro
os encantos de esquina
as ameaças de desmoronamento
os muros e a noite aberta
sobre a avenida.

Possuí teu corpo tantas vezes
como se fora o alimento
ostras vivas, ambrósia da alienação.

Imaginei-te comigo no despertar
da nova aurora e tive o desejo libertário
de construir na vida
um roteiro para os melhores significados.

Deste amor quase anarquia
que tentei profundo, pequena alma
tempo presente e passado
quisera que uma lembrança
tivesse restado; uma semente terrena
uma reminiscência sensível
que fosse e a certeza de que
ainda assim teria valido a pena
este amor tão seu, tão meu, do mundo.

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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