sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Poema coletivo de Bilábernardes, Claudia Gonçalves, Zé Salvador, Carlos Newlands e Ricardo Reis.


Rimas que voam

Uma folha cai
e o seu barulho é trovão.
Uma pedra cai
passarinho no alçapão.
Um poema sai
ao alcance da emoção
deixa marcas no coração.
A vida se esvai
como num pássaro ferido
na desilusão, em plumas
no vagaroso trilho
que se abre à mansidão.
E seguindo a vida
vai o verso furtivo
como a ventania que não vem.
Da novidade que trazia
este verso sem métrica
de poucas metáforas
a vida queria um canto novo.
Ah, verso que foge na brisa
deixando-nos sem alento.
abandonando-nos às rotinas
despedaçando-se lentamente
porque tudo, nada diz.

Aqui, rimas ao vento.


Poema coletivo de Bilábernardes, Claudia Gonçalves, Zé Salvador, Carlos Newlands e Ricardo Reis.

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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