
Rimas que voam
Uma folha cai
e o seu barulho é trovão.
Uma pedra cai
passarinho no alçapão.
Um poema sai
ao alcance da emoção
deixa marcas no coração.
A vida se esvai
como num pássaro ferido
na desilusão, em plumas
no vagaroso trilho
que se abre à mansidão.
E seguindo a vida
vai o verso furtivo
como a ventania que não vem.
Da novidade que trazia
este verso sem métrica
de poucas metáforas
a vida queria um canto novo.
Ah, verso que foge na brisa
deixando-nos sem alento.
abandonando-nos às rotinas
despedaçando-se lentamente
porque tudo, nada diz.
Aqui, rimas ao vento.
Poema coletivo de Bilábernardes, Claudia Gonçalves, Zé Salvador, Carlos Newlands e Ricardo Reis.
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