sexta-feira, 25 de junho de 2010

CANÇÃO DE AMOR E DE EXÍLIO

Amo-te tanto, oh, passarinho, em teu vôo ao torpor
Como havia de amar-te presto em teu livre resplendor.
Meu bem! Meu amor! Acolhe o pequeno pássaro cansado
Que em asas leva a ti este meu louvor.
Amei-o ao vê-lo ao chão, ciscante, e por tanto
Por ter lesto o portal do céu cruzado.
Ah, passarinho que carregas o meu desejo e legado:
Depõe-nos aos pés da Bela Donna com todo o ardor!
Que esta sinta então a intensidade de um beijo!
Dizlá que ando triste inda que pola fé mais cabal
Decida-se-me como pena a dor maior deste distante amor
Dizlá, passarinho, que transpõe o grande pélago
E de pronto à mia casta donzela tributa este carinho
Desde aziago desterro, co’as tristezas deste amar sozinho.

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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