Tantas vezes o viste na chuva, assim lavado
que o seu espetáculo improvavel de sobrevida
já não mais te surpreendia.
Tantas vezes o pequeno malabarista negro das esquinas
(equilibrando limões em mãos ageis e pequeninas)
em quem o teu pousar inevitavel de olhos
obrigou-te a lembrar das humanas desditas
que impõe às crianças uma tal vida.
E foram tantas neste mesmo caminho diário
que da sua obscura presença e miséria
como a de um lampejo de frio a mais
como a de um fortuito escarro
como a de uma estereotipia de rosto crispado
nem sequer te das mais contas
e, ato contínuo
cerras sem dó a sentença vidro
da janela de teu carro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Evoé!
Saiba que a sua visita e o seu comentario dão sentido a este espaço, que alem de divulgar poemas, quer conversar sobre a vida. Esteja em sua casa.
Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004
Seguidores
Arquivo do blog
-
►
2009
(122)
- jan. 2009 (10)
- fev. 2009 (25)
- mar. 2009 (8)
- abr. 2009 (7)
- mai. 2009 (11)
- jun. 2009 (1)
- jul. 2009 (4)
- set. 2009 (20)
- out. 2009 (11)
- nov. 2009 (11)
- dez. 2009 (14)
Nenhum comentário:
Postar um comentário