Ó dor cruel, tropel de musas sereas
Que desacorçoa desde o firmamento
E lanza-nos a nos perder polas areas
Na sorte deletéria, nun momento.
Ó dor cruel qu'inda nos lancina
Como o sol q'en Aurora enriba
E, astro soberbio, ponse casto en sombra
Cando a fermosa luz, a mar finda a tormento.
Ó dor cruel, pouco se fíe a promesa
So abismo pasmo, de paraíso aquí.
Nestes tempos de soidade e noite que disipa
Onde o máis seguro é o perder-se de si.
Ó dor cruel, quixo ser poeta e asumir
A lira inxente e as orballo sublimes
Desperdiçados nun amor sen peias
Que se nubrado, por escaso, suprímese nos.
Arthur de Bastavalles, GA 2010
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