sábado, 20 de novembro de 2010

A NOITE EA DISIPACIÓN DO AMOR

Ó dor cruel, tropel de musas sereas
Que desacorçoa desde o firmamento
E lanza-nos a nos perder polas areas
Na sorte deletéria, nun momento.

Ó dor cruel qu'inda nos lancina
Como o sol q'en Aurora enriba
E, astro soberbio, ponse casto en sombra
Cando a fermosa luz, a mar finda a tormento.

Ó dor cruel, pouco se fíe a promesa
So abismo pasmo, de paraíso aquí.
Nestes tempos de soidade e noite que disipa
Onde o máis seguro é o perder-se de si.

Ó dor cruel, quixo ser poeta e asumir
A lira inxente e as orballo sublimes
Desperdiçados nun amor sen peias
Que se nubrado, por escaso, suprímese nos.

Arthur de Bastavalles, GA 2010

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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