domingo, 12 de dezembro de 2010

FLORES MIUDAS

Se Absinto um mar de
Amarguras a me tomar
E vejo a Amarílis em
Artifício, navegar

Queda-me o coração
Aos auspícios d’Alecrim
Como se a Fuscia do amor
Ardente fulgisse em mim

Ah, se a primavera
De Anis se adornar
Ante um céu sem
Nuvem a branquear

E se jamais promessa
Houvesse assim
Que estivesse pronta
Ao inconstante amor, enfim

Na vida, no tempo ou no amor
Tragam-se flores para a maior dor
Ou para a elegia
Pois a Dália, a Glicínia ou a Cravina
Só de ser, são poesia

E ainda que Zínia e Sálvia
O Tomilho, ou do que se dispor
Seja Manjericão ou Cicuta brava na pia
Se não as flores, restam os temperos
Para fazer valer o dia.

3 comentários:

May Pasquetti disse...

Lindo poema!
Beijos e saudades! ;)

Ana Terezinha Navarro N. de Carvalho disse...

Oi, Ricardo,
Tenho notado sua ausência na minha página do Orkut. Hoje, estava aqui lendo sua poesia e constatei o que sempre te disse: Você é ímpar em tudo o que compõe. Seu blog é lindo!
Sucesso, muito.
Beijos...
Ana.

Simultaneidades disse...

:-) fico feliz com as atualizações aqui! (risos)
beijocas
Deia

Evoé!

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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