segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Sexo Selvagem

A rede já não balança.
Sexo selvagem de fato:
O índio dormiu no ato.

A índia, que estava animada
Ficou há ver navios no longe

Esperava marujos louros.


E enquanto não chegavam

Aqueles tais de holandeses

Dava-se mesmo aos portugueses.

Mas só pensava nos mouros.
Olhando ao longe o navio

Sentiu-se bem excitada.


Avistou um mastro enorme.
Nadou pelo mar, a galope.

Fogoso era o tempo, que urge.


E se fartou com o marujo.
Agora, vive na praia acenando
Para todo barquinho que surge.

Ricardo Sant'anna Reis & Grazzi

Um comentário:

LirÓ CarneirO disse...

Adoro este poema !
Aliás tudo o que escreve este poeta , tem sentido !

abs ...

Evoé!

Saiba que a sua visita e o seu comentario dão sentido a este espaço, que alem de divulgar poemas, quer conversar sobre a vida. Esteja em sua casa.

Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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