quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

EM LUGAR NENHUM


a Abgar Renault

Sou a hora que passa inexistente
E faz da ausência, a gazua
A chave-mestra
Da transcendência;
O ente que dá um passo
Desde o presente
Em direção ao futuro
Da poética fluência.

Fato é que o "agora" não persiste;
Que mal se lhe percebe
E já é marca do passado.

Sou um poeta alado
De devoção triste
Capaz de criar
Um momento aquietado;
Ou um poema que
Ao invés de ver morrer
O amor em quem ama
Faça crescer o amar
Em quase tudo que existe.

Um comentário:

Ricardo Sant'Anna Reis disse...

(migrado do Orkut)
... olá hora que passa inexistente... :) o teu poema está a namorar o mundo por aqui... Beijosssss Concha Rousia/Galiza

Evoé!

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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