segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Mar Exterior


Um homem morre quando

lhe morrem as idéias

como na ancestral noção de glória

lastreada em heróicas levadas

ou pelos brilhos de Alexandria;

como na vontade

de acercar-se do Mar Exterior.

Um homem morre quando

lhe morrem as idéias.


Um homem morre quando

lhe morrem as idéias.

E a morte lhe impulsiona

parteira das atitudes.

Viver é sempre evento novo

a par da similitude.

Viver é soltar as rédeas

do sentimento rude

de mudar ao mundo e a tudo.

En quen se acostuma todo fenece.

Um homem morre quando

lhe morrem as idéias.


Um homem morre quando

lhe morrem as idéias.

Quando ele não segue as virtú

que lhe ocorrem;

quando vive uma vida

da qual não carece.

Um homem só morre quando

as idéias lhe morrem.



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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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