domingo, 1 de março de 2009

As uvas (série erótica)

Inebrio tanto
verte-se em taças.


São as uvas
como vulvas;
se dão ao desfrute
por puro prazer.

As uvas são aquosas
como amoras.

São cerejas, como figos

são inteiras aos sentidos.

As uvas se querem
como o sumo
do intenso viver;
a gota tênue
e rosácea,
o gosto do tinto que
te restou nos lábios.

Um comentário:

LirÓ CarneirO disse...

Nossaa ! Que linda conotação erótica das frutas mais deliciosas ! Delicioso o POEMA, POETA !

Evoé!

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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