terça-feira, 20 de outubro de 2009
A NUVEM QUE PASSA E QUE PASSA
A Rosalia de Castro
Passa, porque me passa a nuvem
Que já foi suave foi sombra
Sobre o chão de Bastavales.
Hoje, polo céu azul do Brasil
Pega-me de amor galego
Traz-me a paz polos aires
Em rolos de fume.
Ah, Bastavales, Bastavales
Inda oiço nas campas da esperança
A Rosa que te nomeai
Pisando em tuas folhas verdes
Carpindo tuas letras olvidadas.
Ah, nuvem ridente, medieval campesinha
Que me passa em teu bruar
Polo meu desterro, desde tão longe
Da Nai e Nação Galega.
Dá-me tuas nuvens como chalés dunha fina estampa roja
Como um fim de tarde sem nenhum peso
Na fronte a nos turbar.
Así, irmão a ti por esta nuvem leve
Querer-te também bem-vindo a vida
Sem tempo, sem um fim e sem começo
Como no horizonte da Fisterra
En que todo o mal en unha oração se evita
Antes de lançar-se ao mar
O como num encanto no caldeiro druida
Na clareira do bosque frondoso
E negro de Vigo
Como no mistério oclusivas
Que em todo bem se permita.
Artur de Bastavales
Vigo - GA, 2009 10 20
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Um comentário:
Meu caro Ricardo diz lá a nosso amigo Artur, que eu hoje não sei onde encontrá-lo que amei este poema, mas que tenho que lhe fazer entender como ele tem de usar outra ortografia para se entender comigo :) Beijossss e diz também que eu sou sua fã
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