sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Poética II
Eu faço poesia
com os eflúvios
de um sentir universal
helênico.
Faço-a para velar
a musa em repouso
ouvir o silencio
mesmo sendo o poema
matéria viva
para o não-nada do vulcão
que antecede a erupção.
Inda que a poesia
se pretenda poção druida
em tacho celta
feita de asas de morcego
escamas de borboleta
unhas de dragão;
inda que recendesse
ou não, aos sabores de
Minas Gerais
ou ao agridoce da Cusine Thai...
Inda que se banhasse
no mesmo rio heraclitiano
ou na água de cheiro afrodesejante
até que lhe restasse
só os pendores azulados da morte...
Ah, um tal poema castiço
na certa estará sem prumo
subindo à ribatejo
pedindo ao circunstante
que se revelasse um desejo épico
para poder entoar a Marselhesa
em festa pagã, dionisíca
na arbitrariedade dos fatos
para alcançar, enfim
o fim do século das luzes.
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