sexta-feira, 15 de maio de 2009

IRA


Por vezes me toma tal calor
Que de grande
Me arde por dentro
Quase que o fogo do inferno
Queimando-me; e eu não me agüento.

Às vezes se introduz neste ardor
Em meu intimo, o veneno melífluo
E viscoso a que chamam de Amor.
Ah, vicio nefasto qual cocaína.

Ah, este sentir que queima de fulgor e medo.
Eterna sina, divina e perene pira.
Ah, este sentir que calcina a alma inefanda
A obscuridade do Amor, tornado em Ira.

Um comentário:

LirÓ CarneirO disse...

A IRA EXISTE ENTRE O AMOR E O ÓDIO.
A IRA É O UMBRAL, A FRONTEIRA ENTRE OS DOIS. VOCÊ É O POETA DO IMPROVÁVEL, CONTUDO DO LÓGICO !
BELÍSSIMO POEMA RICARDO...
VOCÊ SABE EXTRAIR DE TUDO UMA GRANDE OBRA DE ARTE POÉTICA !
MEU POETA PREFERIDO ! AS PALAVRAS NA PONTA DOS SEUS DEDOS CRIAM VIDA E REALIDADE !
PARABÉNS !

LirÓ CarneirO

Evoé!

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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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