I
Suaves montanhas de brutas rochas.
Mata atlântica de nervura infesta
Como os pelos da pubis da mulher
No vertice das pernas sinuosas.
Um amor perdido na cidade
Como existem desejos perdidos
Traineiras perdidas das rotas
Como putas nas esquinas da urbe.
As montanhas são maciças, momentos
De graça, beleza cinzelada
Na pedra e na eternidade.
A cidade não precisa ser perene.
Só almeja ser luz e fugacidade.
As montanhas abraçam a eterna cidade.
II
Na cidade como aratus desembarcados
Tambem os homens vagam perdidos.
Já as montanhas são de pedra, maciças
Sustentam o céu, são mestras vigas.
Por vezes céu platinado, por outras céu de anil.
Os sonhos, porque me sonham? Por me choram os céus?
E as águas, porque das pedras escorrem tanto
As águas que vertem no Brasil como prantos.
O que é do sorriso dos puros? dos homens?
O que é das crianças largadas, sem sonhos?
O que é do medo de enchente, de aguaceiro?
A cidade das águas efluvias e latentes.
A cidade mar e montanhas, das Águas de Março.
A cidade sem planos do Rio de Janeiro.
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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004
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2 comentários:
Desculpe ter removido o comnentário, pois o perfil estava errado. Enfim, blog muito interesante.
Parabéns pelas reflexões, precisamos disso.
Boa semana,
Rosana
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