A Laura Esteves
Cantar-te algo em fado, profundo
Um grito d´ave do empíreo, estridente
Como em sombras, em vôo solo reticente
Sem sentido, sem rumo no albor do mundo.
Perdida, pois, na mente, a poesia se faz alada
E me diz que sim, diz assim, diz que não
Ao se navegar pelos ares, em tão bela toada
Que se alevante poeira ocre do limo do chão.
Sea a essência da trovoada, mesmo, torto enfado
Cu´que voas magoado sobre carvalhos minhotos.
Encantado, queria além, cantar-te algo em fado...
Algo que no tempo, inda arda em querências
E que da remota dor, se estimando em dormências
Não me obrigue pois estar à calada. e mais nada.
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Evoé!
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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004
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2 comentários:
(migrado do Orkut)
Ricardo, esse poema é uma obra prima, lindíssimo... musical e bonito leve e profundo, um grande abraço!
Jiddu Saldanha
(migrado do Orkut)
Ricardo, leio este poema enquanto ouço nação zumbi. Os solos de guitarras, etéreos mais poderosos
acompanham sua última estrofe.
Ricardo Sant'Anna Reis. Tenho-o observado ao longo de suas páginas; ao longo das próprias; em seu blog; na vereda...hoje já estive com ele no site Alma de Poeta. Tem uma bela parceria com Claudia Gonçalves. è um poeta de palavras espraiadas longo fôlego
oracular fecundo em idéias imagens musicalidade e ímpeto. Ele recupera libertáriamente, para a poesia, um certo modo do fazer "clássico", e hoje vivemos este momento rico onde poetas caminham livremente em várias direções, adotanto o método ou a forma que mais se lhe adeque.
São intensos os versos deste "Algo em Fado".
evoé, poeta!!
Orlando Pinto BA
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