A Cláudia Gonçalves
O poeta solitário caminhava em devaneio.
Ia triste no marulhar das gentes a reparar.
Dúbio, perdidas palavras, agravavam o pensar
E não traziam o remanso da brisa do mar a meio.
O que lhe faltava? O que lhe sobrava? Qual seu momento?
Algo bem no fundo lhe dizia que o tal enternecimento
Anteciparia a ventura de saber que, desde o sul
Viria no vento minuano, a lira e o sentimento.
Amalgava-se no peito a saudade de olhos de claro mel
E de angelicais mãos que sequer se deram - e pressentidos
Havia os beijos de rubilita, no outono, - jamais sentidos.
E o poeta sonhava a musa de apego assaz tão liquido
Que lhe vinha no verso a marina brisa e um violino na distância.
A lassidão da lua e o langor d’alma a aplacar-lhe a ânsia.
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Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004
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Um comentário:
Bravo, Ricardo! Bravo!
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