quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Somellier



nouvelles jardins:


jasmins reencontrados


bouquet do vinho.

Se o diabo veste prada....


Se o Diabo veste Prada

e no céu ninguém me aguarda

como dizem os Titãs

já não quero pagar nada.


Vou passar noites em claro.

Vou ao sol dourar-me em pelo.

No corpo da mulher bonita

passarei a botar reparo.


Sei que nada será como antes.

Cruzarei as madrugadas

bebendo chopes no Cervantes

comendo sanduíches e dizendo

poemas eróticos ao ouvido

da Virgínia Cavendish.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

C'est Fini


O Deus do tempo


no fim dos tempos
diz que o tempo urge
ou então que já se acabou.


O Deus do tempo
urde o desenlace
do pacto com os homens
e confisca o mundo prometido
nas estampilhas do sabonete Eucalol.

Já o Deus dos homens

solitário em sua glória
encontra-se exilado
escrevendo as memórias
e controlando o colesterol.

Copacabana



O bairro de Copacabana
pleno de luz diáfana
vive carregado de sua preguiça diurna
de seus pecados soturnos, da noite
com suas emoções prévias.

Ai de ti, Copacabana
que em tudo te perdoam
os devotos da tua elegia
para que disponhas, eternamente
a tua passarela de pedras portuguesas
para o cair da tarde
e te permitas às lascivas línguas
das ondas brancas do mar
que te sorvem, desfazendo-te
o contorno duro das formas
e fazendo-te entranhar mais
e mais, em nossas almas citadinas.

Ai de ti, mulher mundana
vestal senhora, caminhando nua
pela noite. Eros não te condena.
Antes comemora o teu trottoir
de malícias, e abriga-te

em colo divinal.

Não te irão, também, macular
os homens severos
pois és afinal, Copacabana
e apenas permaneces
digna e condenada

a insonada secularidade.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Mar Exterior


Um homem morre quando

lhe morrem as idéias

como na ancestral noção de glória

lastreada em heróicas levadas

ou pelos brilhos de Alexandria;

como na vontade

de acercar-se do Mar Exterior.

Um homem morre quando

lhe morrem as idéias.


Um homem morre quando

lhe morrem as idéias.

E a morte lhe impulsiona

parteira das atitudes.

Viver é sempre evento novo

a par da similitude.

Viver é soltar as rédeas

do sentimento rude

de mudar ao mundo e a tudo.

En quen se acostuma todo fenece.

Um homem morre quando

lhe morrem as idéias.


Um homem morre quando

lhe morrem as idéias.

Quando ele não segue as virtú

que lhe ocorrem;

quando vive uma vida

da qual não carece.

Um homem só morre quando

as idéias lhe morrem.



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pífaro

se te sei como o sumo
da secreta semente
germinada

no fundo do fundo do corpo
plantada como
a florescência do ser.

e se te sei ao tocar-te
ou é tu que me flauteias o falo
sonoro pífaro de ardor
que grito e calo.

e se é tu que cavalgas
em mim, em pêlo
o prazer das paixões antigas
e hodiernas.

e se tremes toda transfendida
o deleite em intervalos
de seguir e morrer
neste apuro que te desce
pelas pernas
simulacro de dor
sem fim e sem começo...

ah, querida, amor
é assim que mais te quero
e inda mais te reconheço.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sol pela janela






gato observa




o desdobrar da alma:




tarde amena!

Sem Caridade



O FALSO
benemérito
doa
a quem doer

Síntese entre Seres*



Eu estou em você e você em mim.
Ao tocar-te, nanometricamente
Te carimbo para sempre
Com moléculas de mim.

Se tenho em mim aqueles por quem cruzei na rua
No sinal fechado, no elevador
Na padaria e mercado;

E se tantos estão em mim
Não sou mais apenas eu
Nem apenas nem eu somente.
Plural sou, plural estou.

Se você sobra em mim
E eu me resto em você Te fazer bem é bem que faço a mim
Porque estou em voce E você está em mim.

E nesse pacto invisível que temos
Somos um, numa só carne, meu amor.

Embora eu não te saiba
Nem te conheça as paragens,
Mesmo assim, seja onde for,
Eu hei de te encontrar
E, entre tantos, o teu rosto divisar.

* parceria quântica com Telma da Costa, em fevereiro de 2009.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ipur si muove






e tudo era instável


instancia


e tudo se movia


imanência



só o silencio era atento
estanque, cativo


quase permanência

Soneto do Lago Espectral



Para Edgard Alan Poe






Extenuado, buscava eu o descanso, a paz e a meditação
Para obrar poemas, bucólico remanso, ermo da cidade.
Me detive em terras (depois o soube) de ancestral assombração
Frente a qual pouca monta faria à urbana veleidade.



Já que ali me encontrava, melhor seria a prontidão
Deste meu torto espírito, nada afeito à deidade.
Ter em minha mente toda a luz, era mero regalo vão.
O ceticismo é sem valia, mais do que a crente simplicidade.



Chegando à casa do Lago, miríades de insetos flamejantes
Reluziam em névoa imersos, como em pântanos da Escócia.
Vi entes fantasmáticos, tambourilos secos ouvi, mais silvos ciciantes.

A noite já se ia densa e os sapos alardeavam encontros espectrais Tanto que furtou-se-me o sono, pois em vigília, no frigir da algazarra O medo tão só me alentava, o estar vivo na aurora, ademais.

Ante a tumba, os ardores

Ante a tumba, os ardores

Desde a magistral manhã em que o sopro venta
Ao sinuoso e estreito coche em que silencia
A vida, que se já não houve, mais se ausenta
Por entre o verde denso e alheio que vicia.

O poeta civil a fenecer, depravando-se em rude.
Tenazes bardos, putains e hijos, vívida solidão
Se verão imortais amores, qual ilhas de solicitude.
Resta-lhe ao augure e à campa, o fulgor da invenção.

Levitem-se as taças, senhores, ante a definitiva maça!
E a analogia ébria das sombras com os grandes horrores.
A quadra livre que lhes restar, dê-la a em ósculos, ardores.

A existência inteira a teve a evitar-se os desmazelos.
No confluir dos rios, a afluente ascendência dos desejos.
E assim, compartir no coevo a sumula diversa de tais beijos.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O pendulo de um tempo morto


Foram horas tantas, desejos comprimidos
dando-se inúteis, como sempre houvera sido
paixões veementes, dores na fronte transcendidas
foi ardor na flor da pele, horas inválidas, esconsas
as mesmas cenas desde sempre já vividas.

Nunca, nunca nem mesmo um só fato renovado.
Não haverá amanhã que se enterneça diferente
não haverá mais mistérios na cabala e na maçã.

Os filhos, anseios, hemisférios, e na boca, pendido
um cigarro no canto morto do lábio, apagado
e um riso, talvez de escárnio.

Ladram os cinco cães do inferno
no portal do vale das sombras.
É sempre o mesmo modo
de se estar abandonado.

Quisera trilhar, ainda que em espera eterna
e a esmo, uma estrada nova e sinuosa
que me conduzisse à felicidade; quisera
a felicidade ou a sorte
até que ao passo moribundo
cambaleante em si
de novo qualquer emoção se revelasse
mesmo que o tártaro te restasse, condenado.

Ainda que os barcos já perdidos
sem destino, como o aroma inventado
da flor vã; quisera o amor, assim
tão repentino quanto em La Dolce Vita
Mastroianni por Anita Ekbert, enamorado.
na Fontana di Trevi.

Sê em Roma, seja como os romanos.
Nas esquinas, como Fellini;
ande como Borges à perscrutar
seres de infâmia no anoitecer
do jovem ardor, que revive
já no negror de um tempo morto.

Mas, saiba, entretanto
que faz bem pouco
houve um tempo de intensa luz
e que, em um belo dia, houve
também um grande amor por regalo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O mal que me Mata*



Ah, que gran ben de amor eu sinto
e que hai de facer-me Eterno
entre os mortais?

Que ben de amor que sexa
como unha inmensa dor
que despois deixa a verter
desde cantigas polos laranjais?

Que mal habería que non
se sinto no pressentir
un nubio enegrescer?

Ah, que máis ben habería
que o ben das hirtas flores
das marabillosas acordos
dos vãos cantante
a saúde o Deus en cada
novo alvorescer?

Que ben me levarão a morte
cando o corpo ao cansaço
se romper, e ao peso enorme do pasado
que revive sobre meus pés?

Se pedi a protección da virxe santa.
Se me agrada ser infiel.
Se te saciei a fame tanta
entón, mata-me a sede co teu mel.

Non quero revisar batallas que outrora
en un día prosperou
eu estiven a loitar
pero que perda ...

Que non quero que a vida segue
só por soportar, a acordo
nas praias das ilusões perdida.

ninguén sabia-te, nin eu que ta tive, te coñecida
a punto de te prever un consumido destino.
aínda que eu te queira na miña vida
impregnada de bonomia, sen de librar-se
da sensación de amado en desatino.
*escrito no idioma luso-galaico.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A CONSTRUÇÃO DO LAGO ETÉREO


Em um dia pretérito eu me pus a edificar um lago
E abandonei-me de pronto em tal projeto.
Eram terras de andarilho a beira do chão.
Reflui quando entre os meus
Não encontrei o eco.
Eis-me aqui, em outras andanças
Reincidente e tonto.
Eis-me ao local que de antanho escolhi para o lago.
Cá estou, acocorado à fronde generosa
E altaneira de um coqueiro
De inominada espécie, ombreado por uma altíssima
(nem tanto) bananeira. E digo: - Percebo que ainda te faltam
Arvores ao derredor, ornato sine qua lago não será.
Que se inicie-te com arvores especiais
Coníferas belas, palmae, cítricas
E outras que te prendam as barranqueiras
E honrem-te nas floradas e nas frutas aquosas.
Como a Emilia de Lobato, listo
Necessidades tais, severíssimo arquiteto
Num caderno de anotar reformas.
Circundam-me e assistem a meus gestos
Doutos e interessados em assuntos naturais
Uma miríade de insetos.
Como a ajudar meu esboço, dizem-me os coleópteros
De aumentar o previsto espelho d’água
Para a perfeição de seus planos de vôo.
Para as lepidópteras, basta o frescor das águas
Na floração da primavera.
Os grandes mamíferos, já estes querem, sem ânsia
As tuas sugestões líricas plácidas
Para conjecturas e ruminação sem fim.
Das franjas da capoeira um cavalo
Relincha a concordância.
Até mesmo a lua, ser mulher e mítica
Virá luminosa para mirar-se
Em tua planura noturnal.
A lua espera-te, incorrigível e vaidosa.
Os pássaros, Ah! Os pássaros!
Estes já te visitam quando ainda és
Um charco, com tão efusiva alegria
Que parecem antevisar
O teu glorioso destino de lago.
Sim, glorioso, pois inda que modesto
Não invejarás as léguas do Titicaca.
Sim, glorioso, posto que infinito
Já que habitas minhas memórias de afeto
Concretizadas para alem de amores baldados
Como o puro alento, desde as primas
Horas tristes dos novos dias.
Serão dias em que de tudo
Se vai experimentar
Mas só será concreta a poesia
E não vai te permitir a mentira.
Continuarei pela vida a me exprimir
E anotar reformas
Ao imperfeito plano de Deus
Sob o signo da loucura
Na plenitude do sentir.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Do cinza ao arrebol*


a correnteza

joguei toda

a mágoa

no papel

sangrou a poesia


o coração

dilatado

em cativeiro

na revolta do mar
intimo e vasto

- um navio negreiro -


inda que os deuses

desaprovem

de ti

não me afasto


por mais

que me levem

as águas


no encanto do azul

dançam

as três marias


e se o rumo

do vento mudar

nascerão açucenas

na janela do sol



* parceria poética entre
Cláudia Gonçalves
& Ricardo Sant'anna Reis

DIABRURAS

Meto-me
sob o percal
de seda

com a perdida sede
de incubo

na maldita incumbência
da copula.

Minto-me.
Sina de impertinente.

Como um diabo lascivo
que se atira
sigo um devir desistente.

E mais...

Sem saber o motivo
para uma tal mentira.

AL MARE


O mar?

Não é só o mar que percebo.
É o mundo que ele abraça e rega.

São as temperas lunares que o prateiam
O rondó dos pássaros, os linimentos
E as algas que nos trazem as ondas
Além delas próprias, vagas autócnes
E dessemelhantes.

Os mares?

São todos os ares que nos cercam
E não só por serem mares alheios
Mas também por serem mares-anseios
Em nossos olhares, mesmo
Os de curto alcance
Com pretensões de horizonte.

EM ACALENTO

Se turva é a fonte de teus olhos mareados,
E o ardor, então, negritude perene,
Fulge impávida tua bela figura,
Musa fugidia, derradeira e plena.

Se a floresta é prenhe de naturais dádivas,
Sede, mulher, etérea pluma insone,
A ponte mínima à superar abismos.
Purgue, mulher, os seminais de teu imortal ciúme.

Senão, cumpre a dor o lugar da morte e da vida,
E a morte é pouca em tal vaticínio, diante do negrume
De tão sórdida pena, calcinando as intenções,
Qual pálida erva em chão de betume.

Persistente viandante sigo em busca,
Nesta senda do amor fundo que é vergasta,
Quão maior e verdadeiro se acerca,
Desenovelando a dor que ao corpo custa.
Ó musa intensa! Com teu brilho de Acaçás,
Cravas no meu intimo a adaga triste quando esfumas
Tua solerte leveza, duração matinal da bruma.

Quando a alegria pálida se desfaz, o infame aperto,
Quase sempre, ao peito trava.
Ó musa intensa! Meu amor por ti como bálsamo,
Queria à curar teus queixumes, em mim curar a vida.

Farol em teu olhar, guiar meu rumo.
Um sentir fecundo transposto em lume.
Quedar-me em teu colo, em acalento, na paz de um lago,
Como em sonho, acompanhando sem pensar o perfeito plano,
E a eternidade intocada de um momento.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

QUANDO EU MORRER


Quando eu morrer

que tudo se pare

que nada de per si, exista

nem que seja o fluir da brisa

que pare.


Quando eu morrer

não me pranteiem, calem.


Nem mesmo me venham ver.

Apenas dêem-me

este, que é meu ultimo prazer

e se me enterrem na Galiza.


Quero ver cantar a melra

no arvoredo de minha tumba

e flanar livre nos bosques

das infensas madrugadas.


Quero, espectro

namorar as camponesas

pias e desavisadas

ao longínquo som

da rumba americana.


Navegar a todo pano

inda que aquém

de Trapobana

respirar a maresia

passear de noite e dia

os cabelos ao vento

molhados polas gotas

d'água fria

do atlântico oceano.



LINGUISTICA


A poesia é proverbial
e de grande serventia
por explicar a afeição
e dotar de asas a rebeldia
por aquilatar o que se vê
e dar valor ao que se cria.

O amor, só se entende
longe da monotonia
e o poeta tem por ofício
recolher a tais emoções;
tanto que dos confins da terra
vai aos céus, atrás de musas quietas
em busca da parceria
das airadas marias
sejam elas mulheres belas
sejam feias ou etéreas
e, ainda, aquela tão linda
que por augusta passeia
num mafuá de província
em roda, no carrossel.

A mulher por mais que seja triste
mirrada ou pequena
é musa e tem o seu vate
que a proclama em poema.

Ele, andarilho, vem
da região do encanto
verter-lhe o sumo da vida
trazendo o amor por dístico.

É por isto que a poesia
em tudo que fala, amplia
faz de um simples beijo
um verso, algo assim muito mais
do que corpo
do que sexo
do que lânguido
algo, por assim dizer
— lingüístico.

EM LUGAR NENHUM


a Abgar Renault

Sou a hora que passa inexistente
E faz da ausência, a gazua
A chave-mestra
Da transcendência;
O ente que dá um passo
Desde o presente
Em direção ao futuro
Da poética fluência.

Fato é que o "agora" não persiste;
Que mal se lhe percebe
E já é marca do passado.

Sou um poeta alado
De devoção triste
Capaz de criar
Um momento aquietado;
Ou um poema que
Ao invés de ver morrer
O amor em quem ama
Faça crescer o amar
Em quase tudo que existe.

A ROSA


A Concha Rousia e Rosalia Castro


rondava a rosa à poesia

pelo jardim das flores

tanto mais diversa a rosa

quanto mais forem os amores.


rondava a rosa à poesia

mas pola Galiza inteira

entranhando-se nos bosques

espraiando-se na beira.


rondava a rosa à poesia

em um arco-íres de cores

quando tomada em tremores

virou-se de Rosa em Rousia.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

SONETO DAS FLORES

Se o Absinto um mar de amargura me tornar
e a Amarílis em artifício navegar
queda-me feliz o coração aos auspícios d’Alecrim
como a Fuscia do amor ardente fulge em mim.

Ah, primavera...se ao Anís te adornar
ante um céu sem quase nuvem a branquear
e se jamais real promessa se houver assim
esteja pronta a inconstância do amor, enfim.

Zínia, Sálvia e Tomilho, o que dispor
Manjericão ou Cicuta brava na pia
restam os temperos para fazer valer o dia.

Seja na vida, seja no tempo e amor
tragam-se flores, pois se na maior dor e elegia
a Dália, a Glicínia e a Cravina, só de ser são poesia.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

AMORAMAR


Amor desfeito
Amar quebranto
Amor distante
Amar encanto

Amor sentido
Amar demais
Amor tão perto
Amar em paz

Amor que chora
Amar perfeito
Amor de ontem
Amar de agora


Amor que chama
Amar que é chama
Amor que ama



Vê se aprende


rapaz, à só amar


quem te inflama

Evoé!

Saiba que a sua visita e o seu comentario dão sentido a este espaço, que alem de divulgar poemas, quer conversar sobre a vida. Esteja em sua casa.

Ricardo Sant'Anna Reis 21.9170-9004

Ricardo Sant'Anna Reis  21.9170-9004
"rondava a rosa à poesia pelos jardins das flores tanto mais diversa a rosa quanto mais forem os amores". Sociólogo, poeta e editor, publiquei em antologias e recebi alguns premios literários. Tenho dois livros: "Diario da Imperfeita Natureza" e "Derradeiro Prelúdio" (no prelo). Pretendo aqui interagir com voce sobre poesia ou qualquer outro assunto relevante.

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